segunda-feira, 17 de março de 2014

Exposição


Segue aberta até dia 23 a minha exposição no espaço Lindolf Bell do Centro Integrado de Cultura / CIC, em Florianópolis.

Estou apresentando fotografias que foram realizadas sob a estimulante supervisão da artista Maria Lucila Horn, que além de professora no Ceart/UDESC é organizadora do festival Floripa na Foto, que este ano ocupou todos os espaços expositivos do CIC, promoveu palestras e workshops com fotógrafos de alto quilate. Conheça o festival aqui.

Estou expondo dez imagens e um poema - ou, como prefiro pensá-los, onze poemas que fazem parte do contexto Depois da água. São experiências com light painting, ou seja, fotografias produzidas no escuro com o auxílio de iluminação manipulada por mim durante a longa exposição. Muitas das imagens são autorretratos, compostos assim, de maneira bastante performática na solidão da casa anoitecida.

O livro, que está atualmente no prelo pela Editora Nave através do prêmio Elisabete Anderle, trará um caderno de imagens no qual novas disposições desse trabalho fotográfico serão oferecidas aos leitores.






















quarta-feira, 12 de março de 2014

tapin²


O poeta francês Julien d'Abrigeon criou o site T.A.P.I.N, durante os anos noventa, a fim de divulgar poetas contemporâneos com produção constante e interessante dentro e fora do livro. Abrigando principalmente autores europeus e latino-americanos, o site teve um recesso de muitos anos e volta hoje sob a forma de tapin².
Conheça o site aqui.
Criadores de várias nacionalidades apresentam trabalhos de poesia fora do livro, principalmente em vídeo, performance e áudio. Com eixos e referências diversas, todos são poetas contemporâneos ativos, que produzem linguagens heterogêneas.
Uma honra poder integrar a empreitada com um poema sonoro, um vídeo (feito em parceria com Danielle Sibonis) e um registro de poesia falada. Confira minha participação aqui.


sábado, 8 de março de 2014




















Colagem, pastel, xerox. 2013. 21x29 cm.




Depois



Há coisas que não cabem
nos olhos da professora.

A bomba que retumba
na beira do mar:
impossível
aprender a olhar.

Depois: ser um corpo
ter a pele
andar sobre a areia.

Depois: ver o dentro
no escuro, rastro, dobra
ou seio ou imagem de sereia.

Como ensinar o tempo.

Há coisas que sobram,
lições soçobram:
só vendo, ou sendo.





















Estudo para estapafúrdio. Aquarela. 2013. 21x29 cm.