Multidões de trovões
e no peito
e no peito
um Stalingrado.
Há ferros na fala a céu aberto
nas telas absortas
entre o torto e o sonso
desse ódio com a pólvora entre os dedos.
- E a cobra viva no Rio
contra o coro do mar.
- E o mar
contra o ovo da serpente.
As manchas no céu estanque
- E o mar
contra o ovo da serpente.
As manchas no céu estanque
são dos mortos e seu levante
de Lázaros doloridos
contra a corda vibrante do abismo
de Lázaros doloridos
contra a corda vibrante do abismo
com suas vísceras expostas
E vemos
seus versos arremessados
seus versos arremessados
como sobras e soçobras de coisas que não esquecem.
Não esquecemos.
Há toada de trovões
- e, no peito,
um Stalingrado.
Sentinelas desses corpos, somos o som dessas janelas
fechadas com estrondo -
de repente empurradas a punho e a trovão -
driblando abismos.
um Stalingrado.
Sentinelas desses corpos, somos o som dessas janelas
fechadas com estrondo -
de repente empurradas a punho e a trovão -
driblando abismos.
Temos o que precisamos.
Derrubamos um silêncio
de tocaia
de tambor
à espreita da derrota definitiva dos Esses-esses.
E não esperamos.
Derrubamos um silêncio
de tocaia
de tambor
à espreita da derrota definitiva dos Esses-esses.
E não esperamos.