quinta-feira, 14 de agosto de 2014

francis e a fuga




carrego a pedra de gelo, o paralelepípedo, quase todos os dias.
só não sou sincera em momentos de diversão
quando juntos
difundimos os papeis, partilhamos as publicações,
damos pulos no vácuo. durante o resto do tempo
sou fria como linhas sobre linhas sobre linhas
quase sem espaço em branco.
são absurdos os abusos desses ângulos retos
a levar pelas calçadas muito comportadamente.
francis propõe a fuga pela frase: tudo é ensaio, e às vezes conduzir a nada
é que é um algo.
faço tanto e tento tudo
justo
porque os tornados me coabitam
e não fujo



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