Páginas
- Início
- Quem sou
- Desconjunto
- Rumor da casa
- Depois da água
- Entre o vento e o peso da página
- Lugares ogros
- Squirt
- O sono de Cronos
- Vestida do avesso
- Oficinas
- Infantil
- Soundcloud
- Vídeo
- Da linha do tempo
- Não alimente a escritora
- #declaraçõesdesnecessárias
- As avessas
- Memórias dos meus cios
- Oponente + Isto
sexta-feira, 23 de maio de 2014
desaprendi a estar sentada como a gente aprende a comer doces sob o vento sul. porque a cintura às vezes não cabe, desencaixa debaixo de ombros. e porque as janelas tremem sob a pressão das árvores que se tomam, diabólicas, de movimentos interjeições e coberturas. esse enquadramento simples, caixilho com vidraça, aconchego de avelãs, caldas e muito quentes esses chocolates. tudo porque o tempo vira. e debaixo de telhas a vida é mais pequena. tudo porque, de repente, a brisa desencaixa, e há ombros, pernas, braços, abraços, pequenos movimentos de pés e de sobrancelhas. o dia dança, desde de manhã, sem sobrosso.