terça-feira, 11 de outubro de 2016




vá de retrum, retrocesso. você pensa que tudo pode, mas esqueceu as janelas abertas, qualquer um pula para dentro do seu centro.
e depois, puxe a cortina. veja daqui mesmo onde picharam o seu nome no espelho do olho da rua.

vá de retrum, retrocesso. que eu aqui sei do meu bote.
comprar mais um pouco de paz, seja com gin ou com ginástica, planejar parricídios e prestar-se ao trabalho de parto, isso ninguém quer.
não é apenas porque sou mulher, é porque os muros são falsos e os passados passam mais rápido do que se imagina.

depois voltam com cheiro de estar por cima, mas não. nem acima nem abaixo.
é de retrum, vá de retrum.

não compro amor fabricado na china. nem embarco em barcos furados. também, não importa, esses portos se desfazem com o primeiro vendaval.
e há porcos e vendilhões de templos em todos os espaços parados.

por isso, avante.
e feche a porta, adiante, que ninguém tem mais tempo não.
você chegou atrasado, retrocesso. já até picharam e mijaram em você por todos os lados.
e tá na hora do meu almoço, agora.