você quer ver de novo
aquele que é velho
e aquele que se veste
em listras brancas e azuis.
o gênio, o bamba, o Genet,
o que nunca se sacrifica.
você quer ver de novo
o que não pare
e o que não para nem
nasceu para seu pai.
e o que não para nem
nasceu para seu pai.
o que abunda em rios
e em montanhas
e
o que faz gemer a terra
e te atiça como
prova e professor -
o ator -
o só cabelos brancos
atalho de antanho
de nuvem, de motivos.
atalho de antanho
de nuvem, de motivos.
você quer rir de novo do de
raivas
de nenhuns amigos,
raivas
de nenhuns amigos,
o nu no supermercado,
o do abismo, o abismado,
o mal amado e
o cabeçudo e
o caralhudo e
o otário
o só salário e
o salafrário,
o que te traz de novo a manhã.
você quer ver de novo,
você é o ovo,
ele o ele e o ela,
o sigismundo
o Sigmund Freud
o frio o freund o azulejo
o Alentejo e
o cara de pau, a pia bastismal,
de cortiça, o bacanal,
de cortiça, o bacanal,
aquele que não cabe nos óculos.
você quer ver de novo
o carismático e o asmático
o másculo
o mouro
o molhado
o milho e
o amanhã,
o Plínio douto o sábio
o sabão e o mouco,
o sabão e o mouco,
o que não destrava so dentes,
o destroçado,
o dançado em drama de esquina,
o esgrima,
o xamã
você quer
o que nunca se despe
o incriado e o mal criado
o infiel e o dono do quartel
o mercenário e
o troco não trocado
o nada de nenhum,
o Um e o mais um.
o úmido, o deslocado
o trovador e o tronco
o monstro da lira sem cor, o intruso,
você quer,
você quer,
o confuso, o Confúcio, o florido,
o todo amor e o tanto desamor.
você quer ver de novo, sim,
o incômodo, o iniciado
o incômodo, o iniciado
o Confúcio, o amigo e o amado,
o enfim oferecido, aquele que.