No fumo esvoaçante das melodias
descanso das idas ao ônibus onde
esperam gatos mortos e as velhas
avós tricotadeiras.
Passo pelos campos de névoa e
pesadelo
então um dos gatos, o menor,
explode em unha
− não o convidei para a cantoria
quando o samba ardia sobre os
telhados.
A pele se adensa de suores
ao lembrar do brinquedo de lã, a
bola
que dele roubei
para fazer uma manta
− echarpe de bailarina
entre rodas.
e antes que ecoasse mais um
milímetro de som
aperto firme
o botão do controle remoto.