domingo, 27 de setembro de 2015




isso aqui é Brasil, meu querido, aqui não se bebe sangria. aqui as frutas são mais do que doces, e o que consome nossas têmporas é o mesmo que os diamantes: o corpo forte e azulado que não teme o riso das crianças. isso aqui é Brasil, meu querido, erigido pelos braços e pernas, pela musculatura tênue dos que não têm atenuantes. isso aqui é ferida, querido, é mina, é umbigo do mundo e de suas desgraças: as que não dão graças e que só sambam de graça na cara do sábado, quando não há outro aval. é aqui que se consome o sangue escuro sem cupinchas, é o balão que desincha de graça, querido, quando não há carnaval.