quarta-feira, 2 de setembro de 2015




só mesmo as mínimas alminhas bloqueiam do facebook como se isso apagasse suas muitas dívidas. é execrável e rastejante servir-se do outro como de sobremesas, depois comer o limo e pó de tapetes miseráveis, e sair às vagas pelos rumos de uma vida só de cliques. é típico dos sem sol viver sob faíscas de flashs que reluzem o minuto e não aguardam. saber esperar é daqueles que não se põem no lixo, e não agradam, e comem no sumo da sobremesa o que eles mesmos temperaram desde a água do café.
porém as manhãs são deliciosas apenas para todas as mães e, às vezes, também para os que acordaram cedo - não porque o árduo rochoso de montanha consome a força-tarefa,  mas porque é realmente bom planejar antes. diz-se que os que mais excluem tornam a revoltar as iras médias em quarenta e cinco segundos. um minuto de conversa pode ser um século em tesouros, mas há que se abrir para os silêncios que se desgastam leves enquanto queimam incensos. e esses momentos são raros como os bons poemas nas suas timelines. os bons poemas são raros porque são precisos, e não se compartilham pelo facebook. eles moram na montanha mais pesada, para onde não há nada que se inclua.
compartilhar nem sempre é da partilha, porque a partilha se faz ao pé do fogo. e quem não sabe se ver matilha, por mais que se apresente, nem tente, porque só se exclui de seu próprio tempo.