um "poema diário"
18 de abril de 2016
Hoje paramos a avenida Madre Benvenuta.
Fizemos milhares de vídeos, palavras, desordem.
Renascemos a mãe dos bem viados bem-vindos.
Semeamos amanhãs
com gotas de nosso cuspe,
com saias e muito suor de palma contra palma.
Fomos palco
para o espetáculo de nós mesmos.
Nós tantos assim
estamos vivos, somos mulher
país
púrpura e
lance lancinante contra a servidão armada
de ternos e gravatas.
Sim, contra o ar enviesado dos furtos do calendário
só nos resta o sumo salpicado
de ais de és de uis
e dos urros de todos os guris.